PALESTRANTE COMPORTAMENTAL IRLEI WIESEL: SOLIDÃO: O QUE FAZER QUANDO NÃO TEMOS FORÇAS NEM PARA MURMURAR!
O inverno chegou derrubando as temperaturas, obrigando um isolamento ainda mais severo.
Pessoas que sofrem com a solidão, pioram o quadro em dias sombrios e gelados. É preciso intensificar a atenção para este perigo.
A solidão prolongada aumenta as emoções destrutivas. Pensamentos de abandono e falta de amor pela vida costumam florescer, enquanto o frio congela a alma e o colorido da vida.
É preciso intervir, embora seja delicado. Mas atenção, vale ressaltar que exigir motivação e positividade só aumentará a escuridão dos que estão convalescentes na solidão do inverno.
- Mas então, como ajudar?
Sugiro empatia. A empatia de aceitar a queixa do outro, ouvir, deixar que fale longamente, permitir que os pensamentos expressos sejam valorizados, compreender sem julgar, estimular o desabafo, não recriminar as lágrimas, encontrar uma forma do outro saber que você está com ele.
Evitar desmerecer a dor do outro é fundamental. Pessoas cheias de si, ou cheias de razão, costumam fazê-lo.
Provamos evolução emocional ou espiritual quando demonstramos afinidade e cumplicidade.
A empatia convida para apenas sentar-se ao lado, ficar em silêncio, ouvir com respeito e carinho.
Lembre-se: Hoje posso ser ouvinte e amanhã alguém fará o mesmo por mim.
Abra-se para ouvir o outro, mesmo que ele não tenha forças para murmurar.
A roda gira e a solidão não pretende sair de moda. Somos todos alvos em potencial.
Irlei Hammes Wiesel - 29 de junho 2021